“Amar a Igreja significa ter a coragem de fazer opções
difíceis,”
“O Evangelho purifica e renova, traz frutos, onde quer
que a comunidade de crentes o escute, e acolha a graça de Deus na verdade e
viva na caridade. Esta é a minha confiança, esta é a minha alegria”.
“O Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me
ajudaram e sustentaram. Porém, sentindo que minhas forças tinham diminuído,
pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a Sua luz para tomar a
decisão mais justa; não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este
passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma profunda
serenidade de espírito”.
”Gostaria de convidar todos a renovar a firme
confiança no Senhor, a confiar-nos como crianças nos braços de Deus, certo de
que estes braços nos sustentam sempre e são aquilo que nos permite caminhar
cada dia, mesmo no cansaço”.
O “sempre” é também um “para sempre” – não há mais
um retornar ao privado. A minha decisão de renunciar ao exercício ativo do
ministério não revoga isto. Não retorno à vida privada, a uma vida de viagens,
encontros, recepções, conferências, etc. Não abandono a cruz, mas estou de modo
novo junto ao Senhor Crucificado. Não carrego mais o poder do ofício para o
governo da Igreja, mas no serviço da oração estou, por assim dizer, no recinto
de São Pedro. São Bento, cujo nome levo como Papa, será pra mim de grande
exemplo nisto. Ele nos mostrou o caminho para uma vida que, ativa ou passiva,
pertence totalmente à obra de Deus.
“Agradeço a todos e a cada um também pelo respeito
e pela compreensão com o qual me acolheram nesta decisão tão importante.
Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja com a oração e a reflexão, com
aquela dedicação ao Senhor e à sua Esposa que busquei viver até agora a cada
dia e que quero viver sempre. Peço-vos para lembrarem-se de mim diante de Deus
e, sobretudo, para rezar pelo Cardeais, chamados a uma tarefa tão importante, e
pelo novo Sucessor do Apóstolo Pedro: o Senhor o acompanhe com a sua luz e a
força do seu Espírito.”
‘Invoquemos a materna intercessão da Virgem Maria
Mãe de Deus e da Igreja para que acompanhe cada um de nós e toda a comunidade
eclesial; a ela nos confiemos, com profunda confiança.’
“Queridos amigos! Deus guia a sua Igreja, a apoia
mesmo e sobretudo nos momentos difíceis. Não percamos nunca esta visão de fé,
que é a única verdadeira visão do caminho da Igreja e do mundo. No nosso
coração, no coração de cada um de vós, haja sempre a alegre certeza de que o
Senhor está ao nosso lado, não nos abandona, está próximo a nós e nos acolhe
com o seu amor. Obrigado!”