1 - Era alguém que tinha estreito relacionamento com Deus, e que se tornava confidente do Senhor (Amós 3.7). O profeta via o mundo e o povo da Aliança sob a perspectiva Divina, e não segundo o ponto de vista humano;
2 - Por estar próximo de Deus, o profeta achava-se em harmonia com Ele, e em simpatia com aquilo que o Senhor sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia melhor do que qualquer outra pessoa o propósito, a vontade e os desejos de Deus. Experimentava as mesmas reações Divinas. Em outras palavras, o profeta não somente ouvia a voz de Deus, como também sentia o Seu coração (Jeremias 6.11; 15.16,17);
3 - À semelhança de Deus, o profeta amava profundamente o povo. Quando este sofria, o profeta sentia profundas dores (ver o Livro de Lamentações). Ele almejava para Israel o melhor da parte de Deus (Ezequiel 18.23). Por isso, suas mensagens continham não somente advertências, como também palavras de esperança e consolo;
4 - O profeta buscava estreitar o relacionamento do povo com Deus. Daí, porque advertia contra a confiança na sabedoria, na riqueza e poder humanos, e nos falsos deuses (Amós 6.8). Os profetas continuamente conclamavam o povo a viver à altura de suas obrigações, de acordo com sua parceria com Deus, para que viesse receber as bênçãos da redenção;
5 - Tinha profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jeremias 2.12,13,19). Não tolerava a crueldade, a imoralidade e a injustiça. O que o povo considerava leve desvio da Lei de Deus, o profeta interpretava, às vezes, como funesto. Não podia suportar transigência com o mal, complacência, fingimento e desculpas do povo (Jeremias 6.20). Compartilhava, mais que qualquer outra pessoa, do amor divino à retidão, e do ódio que o Senhor tem à iniquidade (Hebreus 1.9);
6 - Desafiava constantemente a santidade superficial e oca do povo, procurando desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que Deus revelara na Lei. Permanecia totalmente dedicado ao Senhor; fugia da transigência com o mal e requeria fidelidade integral a Deus. Aceitava nada menos que a plenitude do reino Divino e a sua justiça, manifestadas no povo de Deus;
7 - O profeta tinha uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição, bem como em restauração e renovação (Jeremias 33 e Ezequiel 37). Eles enunciaram grande número de profecias acerca da vinda do Senhor Jesus Cristo, o Messias;
8 - Finalmente, o profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jeremias 14.17,18), perseguido pelos falsos profetas, que prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo que se achava em pecado diante de Deus (Jeremias 15.15). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era reconhecido como homem de Deus, não havendo, pois, como ignorar o seu caráter e a sua mensagem.
Fonte: www.arcauniversal.com