O homem que sonha e não se move para a realização, que promete e não cumpre, que aconselha e não se faz exemplo, é um homem de mentiras, feito de tristeza e solidão.
Tal homem não sabe existir fora de si.
Ele é como um pássaro que não se permite voar, feito árvore sem frutos, como foto incapaz de substituir a paisagem.
Se esse homem não encontra o remédio, ou a si mesmo em suas obscuridades, um dia ele perceberá o que perdeu em vida e, sendo tarde demais para valorizar, certamente morrerá.
Mas se ele for capaz de se amar, buscar a cura no seu quarto mais escuro, e depois libertá-la para iluminada fé, então ele encontrará o que precisa.
Ele conhecerá as mais altas e belas montanhas, poderá colher e compartilhar os melhores frutos, será parte de paisagens humanas, internamente escondidas.
O homem que deseja, que se move, que tem verdade, e a ousadia de liderar, sabe que o começo da permissão é sempre nele mesmo.
Nos sons de seus lábios, nas janelas dos seus olhos, nas ferramentas de suas mãos.
E toda vez, que quiser acreditar, renascerá mais autêntico, na luz que mantém o sorriso encontrado lá dentro.
Autor: Thalles Guimarães