1º – Não se aposente
da vida para se tornar a praga da Família. A vida é atividade e o verdadeiro
elixir da eterna juventude é o dinamismo. Não despreze as ocupações enquanto
tiver energia para as lutas cotidianas.
2º – Seja
independente e preserve a sua liberdade mesmo que seja dentro de um
quartinho.Quem renuncia ao próprio lar, obriga-se a andar na ponta dos pés para
evitar atritos com noras, genros, netos e outros parentes.
3º – Mantenha o
governo da sua própria bolsa. Ajude os seus filhos financeiramente, na medida
das suas posses; reserve uma parte para emergências e lembre-se que um filho
ambicioso pode ser mais temível que um inimigo.
4º – Cultive a arte
da amizade como se fosse uma planta rara, cercando os familiares de cuidados,
como se fossem flores. Se a sua memória estiver falhando, anote numa agenda
sentimental as datas mais importantes das suas vidas e compartilhe com eles a
alegria de estar presente.
5º – Cuide da sua
aparência e seja o mais atraente possível. Não seja um daqueles velhos
relaxados, que exibem caspa na gola do paletó e manchas de gordura na roupa que
revelam o cardápio da semana. Nunca despreze o uso de água e sabão.
6º – Seja cordial
com os seus vizinhos. Evite implicar-se com o latido do cachorro, o miado do
gato, o lixo fedorento na calçada ou o volume do rádio. Um bom vizinho é sempre
um tesouro, especialmente se os parentes morarem distantes.
7º – Cuidado com o
nariz e não se intrometa na vida dos filhos adultos. Eles são seres com
cérebro, coração, vontade e contam com muitos anos para cometerem oa seus
próprios erros.
8º – Fuja do vício
mais comum da velhice, que é a “presunção”. A longa vida pode não lhe ter
trazido sabedoria. Há muitos que chegam ao fim da jornada tão ignorantes como
no início dela. Deixe que a “humildade” seja a sua marca mais forte.
9º – Os cabelos
brancos não lhe dão o privilégio de ser ranzinza e inconveniente. Lembre-se que
toda paciência tem limite e que não há nada mais desagradável do que alguém
desejar a sua morte.
10º – Não seja
repetitivo, contando a mesma história três, quatro, cinco vezes. Quem olha só
para o passado, tropeça no presente e não vê a passagem para o futuro.